terça-feira, 2 de outubro de 2007

Competências

Olhando no caderno de Empregos do jornal, fiquei impressionada com a quantidade de procura por pessoal que trabalha em TI. Praticamente, 50% do jornal era dedicado aos programadores, cientistas da computação e analistas de sistemas. Impressionante. O mercado cresceu muito nos últimos anos. Aí é que mora o perigo. Junto com bons profissionais, sempre têm aqueles que caem de pára-quedas na profissão, tentando aproveitar o filão. E como já sabemos, todo o mercado em expansão traz bons e maus profissionais. Tem aqueles que amam o que fazem, mas trazem junto os que fingem que amam o que fazem. Foi assim nos anos 80 com advogados e publicitários (que têm mais em comum do que se imagina). Publicidade, por sinal, é um ramo que tem uma leva enorme de "picão" (para quem não sabe, "picão" é o cara que não trabalha direito). Dá para salvar meia dúzia nesse oceano. O resto, poderia continuar puxando caixa no SEASA, que não faria falta. Há pouco tempo atrás, o MEC começou a trancar os pedidos para regularização de novas universidades. O motivo: a quantidade absurda de faculdades oferecendo cursos de pouca confiabilidade. Entenda que não sou contra todo mundo fazer faculdade. Sou contra a distribuição em massa de diplomas. Sou contra a fórmula fácil: tenha-um-curso-superior-e-seja-feliz. Tem muita gente que cai nesse papo furado, entra na Universidade de Cacimbinha do Norte, paga uma fortuna por mês (porque esses cursos são pagos, claro!), sustenta professores meia-boca e saem para o mercado sabendo menos que antes. Isso tudo porque o curso superior é supervalorizado num país onde mais de 50% das pessoas mal sabe ler. Então: - Você não vai ficar rico fazendo faculdade. - Você não vai ser um profissional melhor fazendo faculdade. Tem coisas que levam tempo. Ser um bom profissional também é ter levado muitas na cabeça, antes de aprender alguma coisa. É ter lido livros, pesquisado, feito outros cursos além daquele que te dá o diploma. O bom profissional quer sempre crescer mais. Triste aquele que se conforma só com o curso superior. Esses, por mais que tenha vagas no caderno de empregos, estão condenados a trocarem de profissão quando essa onda passar.

2 comentários:

Eduardo Otubo disse...

Senhoritas (ou será senhoras) este comentário é para o blog em si e não apenas para este post.

Gostei do tema do blog! Mas concordo parcialmente com alguns posts, embora bastante caricatos e engraçados. :-)

Vou ler e comentar por aqui regularmente apartir de agora. Já que assumidamente sou nerd desde o nascimento :-) hehehehe

Se interessar, escrevi dois posts sobre estereótipos nerds no meu blog.

Divirtam-se!

[]'s

Tiago Albineli Motta disse...

Aqui onde trabalho o diploma é o menos necessário. O ânimo e a paixão por tecnologia tem um peso bem maior.